sábado, 15 de outubro de 2011

Amores que brotam

É tão inevitável, triste e preocupante o modo como eu me apaixono.
Podem chamar de drama ou carência, eu prefiro chamar de cansaço, ou solidão.
Aqui vai mais um romance da minha vida.

Lá estava ela acordando cedo em pleno domingo, preparando-se para ir à chácara de uma amiga que nao via há tempos.
O clima estava quente, porém agradável.
Encontraría-se com um amigo, e juntos iriam até a rodoviária e de lá até outra cidadezinha onde encontrariam a amiga para assim poderem ir juntos para a chácara da mesma.

Que saudades havia sentido daquela amiga.
Os três tiveram um dia muito agradável, cheio de risadas, brincadeiras bobas, fotos e lembranças.

Já estava escurecendo, deveriam voltar pra casa.
A mesma rodoviária.
Sentaram num banco de concreto, e quase que instantaneamente o ônibus chegou.
Uma fila imediatamente se formou a frente deles.
Ela notou um rapaz na fila, mas nao um rapaz qualquer.
Uma sensação estranha. Aquela sensação, como quando você está assistindo um filme e reconhece o protagonista mesmo sem a história ter se formado ainda.
Ele usava uma camiseta preta com uma camisa cinza por cima, uma calça jeans simples com um all star branco um tanto encardido e segurava uma mochila com a alça em apenas um dos ombros.
"Ele é lindo." - Pensou ela.

Sentaram-se.
Ela e o amigo num banco perto do cobrador, e o rapaz em sua diagonal inferior.
Pelo vidro da janela do ônibus ela podia vê-lo tirar um livro da mochila e começar a ler, calmamente.
Ele tinha um ar sofisticado e intelectual que a deixava ainda mais instigada em observá-lo.



Ela estava suja de terra, cansada e seu cabelo estava bagunçado e um pouco oleoso o que a obrigou a fazer um coque meio frouxo na tentativa de amenizar a situação.
Não deu certo, já que ela nao tinha nenhum amarrador de cabelo e o vento teimava em desfazer seu coque.

De repente ele notou que estava sendo observado, e olhou para ela também pelo vidro da janela.
Ela ficou sem graça e mudou o rosto de direção rapidamente.

Tentou tagarelar com o amigo como de costume, mas nao conseguia ignorar a presença dele.
Num impulso que nem ela mesma saberia explicar o porquê, lentamente virou seu rosto para trás, queria vê-lo. Ele tirou os olhos do livro e também olhou-a.
Ficaram assim, fitantado-se por alguns segundos.
Ela (inevitávelmente) sorriu.
Ele sorriu de volta.
E assim foi o restante do percurso até que ela chegasse em sua cidade.
Ela nao queria descer daquele ônibus, nao queria parar de estudá-lo, de ver seu sorriso, nao queria parar de sorrir para ele.

Desceu do ônibus com aquele aperto no peito.
Aquele aperto que dizia "Você nunca mais o verá, foi só um flerte de ônibus".
Foi pra casa pensando naquilo, tentando conformar-se com a realidade infortúnia.
Mas ás vezes a vida nos reserva coisa engraçadas.

Continua.

7 comentários supimpas:

Day disse...

Odeio suspense :S

ana victória de souza costa disse...

Conta logo o resto amie! esse suspense está me matando!

Anônimo disse...

Aguardando a continuação ansiosa!!!!

Yasmin . disse...

Please , conta logo Amie - Q .
Estou morrendo de ansiedade u-u

Poliana disse...

Poxa! Que demora... Quando vai vir o resto da historia?! Amo seu blog, nao desista, nao!

Poliana disse...

AFF!!! QUASE UM MES...

Jerri Dias disse...

Que fofinho :-) Pois é, flertes rolam o tempo todo, faz parte. Beijo.