domingo, 13 de dezembro de 2009

agonias explicadas

Como eu disse no post anterior, estou extremamente agoniada.
E vai parecer bem idiota da minha parte, mas é um assunto meio constrangedor pra mim.
Vou ser bem direta.
Estou por um fio pra reprovar.
PRONTOFALEI!

Sei que vou ouvir muitos sermões, como tenho ouvido tanto, e sei que sou merecedora de todos eles.
Mas sei também que nasci com uma personalidade forte demais pra aceitar a opinião dos outros, e concordar com todos os conselhos que me dão.
São pro meu bem, porque afinal, se fossem pro meu mal, não seriam dados.
Agradeço mesmo, do fundo do meu coração.
Mas eu gosto de pensar por mim mesma.



Quando eu era menor, lá pelos nove, dez anos, quando eu ainda cursava o ensino fundamental, eu não sabia lidar muito bem com as pessoas.
Eu não tinha muitos amigos, pra ser sincera eu não tinha nenhum amigo.
Porque eu nao gostava muito das meninas da sala, e porque tinha medo de garotos, devido a terrorismo do meu pai com aquelas brincadeiras de 'namoradinhos' que todos os pais fazem.
Até que na quinta série, eu comecei a ter amigas, e logo comecei a ter amigos também.

Claro, até ai tudo bem, mas a partir daí, eu já não tinha mais tanto o apoio da minha mãe, já que ela começou a trabalhar mais, e já já nao me tomava lição, e nem elogiava minhas notas.
Eu tive que começar a estudar sozinha, o que não me agradava nada.

Então percebi, que podia ir bem sem estudar.

Deu certo até a oitava série, quando comecei a tirar notas vermelhas, mas ainda eram aceitáveis.
Tarde demais! Já não sei como estudar em casa.

No primeiro ano do ensino médio é que a coisa realmente pegou fogo!
Minhas notas estavam péssimas!
Resultado: recuperação em quatro matérias.
Fiquei meio em pânico, paguei aulas particulares, e fiz o impossível: tentei estudar em casa.
Passei de ano.
Alívio.

Mas agora no segundo ano, tudo ficou mil vezes pior.

Eu estava cansada de ouvir minha mãe se lamentando tanto da falta de dinheiro em casa, isso tava me deixando doente.
Aí me matriculei num colégio estadual.
Durou uma semana, e meu pai quis que eu voltasse pro meu colégio particular, onde eu estudei des dos três anos.
E eu voltei, por obediência.

No meio do ano, notando minha tristeza, e o terrível desempenho que eu vinha tendo, meu pai deixou que eu voltasse pro colégio estadual.
E lá fui eu, novamente pro colégio estadual.
Mas as coisas não correram como eu esperava.
A adaptação foi péssima.
E depois de seis mêses ainda está sendo.
Fiz amigos, e são eles que tem me mantido em pé naquele colégio.
( Um muito obrigada à Marcia, Sá, Betinho, Guto, Carlye, Bianca e Curitiba )


Não consegui subir minhas médias, e agora estou a um passo de ser reprovada.
O resultado só sai semana que vem, e isso vem me perseguindo há semanas.
Parece uma voz na minha cabeça: "Ano que vem você vai ser repetente."
"Você não vai poder ir pra faculdade, quando todos os seus amigos forem."
"Estará ralando de estudar quando seus amigos estiverem felizes sendo aprovados no vestibular."
Eu estou enlouquecendo com isso.
E não sei o que vou fazer se isso realmente acontecer.

Prefiro morrer do que repetir de ano.
Qualquer coisa é melhor do que isso.

Quem me conhece sabe, a coisa que eu mais odeio no mundo, é ser tratada como incapaz, tola, limitada, burra.
Porque eu de fato, não sou.
E é por isso que isso me constrange tanto.
Não quero ser tachada de burra.

Sou só alguém que não suporta estudar em casa, e que tem dificuldade em prestar atenção no que não acha interessante.

Eu não sei mais o que fazer.
Tento me distrair, mas a voz na minha cabeça teima em abrir a boca, e me fazer sentir a mosca do coco do cavalo do bandido.

Estou me sentindo horrível, cansada, acabada.
Vencida.


Cheers,

Amélie.

3 comentários supimpas:

Vitória disse...

Olha, quantos as vozes que estão te atormentando, desencana. Você poderia ter tido um resultado melhor? Poderia, mas isso não aconteceu. Tipo, o melhor é aceitar e viver de cabeça erguida. Nada de pensar em "e se" ou "eu poderia", porque não tem como mudar, o que está feito, está feito . E além do mais, você ainda nem sabe se vai ser reprovada mesmo. Sofrer por antecedencia, não é a solução. Pensa positivo, mas nem tanto (porque há chances de isso acontecer). E se você ficar? Paciência. Pelo menos você vai ter a chance de fazer tudo de novo e vai estar preparada para a próxima série. Cara, eu to me intrometendo DEMAIS, desculpa. Mas é o que eu acho. Beijos e força ;*

Amelie Heringer disse...

brigada :')

Caio Timbó disse...

Concordo coma Vitória. Adiciono uma coisa que vivo ouvindo e que realmente comprovo na prática: "Se conselho fosse bom não se dava, vendia."